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Imprensa
Com crise política, mercado revisa expectativas para pior, aponta BC

Após a crise política deflagrada pelas denúncias contra o presidente Michel Temer, que colocaram em dúvida a capacidade do governo aprovar as reformas da Previdência e trabalhista, o mercado revisou suas expectativas
para pior.

A mediana das projeções de inflação dos economistas de bancos e consultorias ouvidos pelo Banco Central para o Boletim Focus interromperam um ciclo de 11 semanas de queda e voltaram a subir na pesquisa divulgada
nesta segunda (29).

Enquanto na pesquisa anterior a expectativa era de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) fosse de 3,92% em 2017, na mais recente a projeção subiu para 3,95%.

Para o próximo ano, a expectativa para o IPCA foi revisada de 4,34% para 4,40%.
 
Houve também alteração em relação à taxa básica de juros. Embora o mercado tenha mantido a expectativa de que o ano termine com a Selic em 8,5%, a previsão para a média do ano subiu de 10,19% para 10,28% –o que indica que parte dos economistas revisaram suas projeções para cima.

Entre o grupo dos que mais acertam (chamado "top 5"), a previsão é de que a Selic de médio prazo termine o ano em 8,63%, ante 8,13% na pesquisa anterior.

A visão predominante é de que o Comitê de Política Monetária do BC corte a Selic em 1 ponto percentual na próxima reunião, nesta quarta (31) –a primeira após a divulgação da delação premiada do empresário Joesley
Batista–, ante 1,25 ou 1,5 ponto percentual projetados anteriormente.

Os economistas também revisaram para cima suas projeções para a taxa de câmbio. A previsão agora é de que o dólar termine 2017 a R$ 3,25, ante R$ 3,23 anteriormente. Para o próximo ano, a expectativa passou de R$ 3,36
para R$ 3,37.

Nesse cenário, o mercado piorou a projeção de crescimento do PIB neste ano e no próximo. Se até a semana passada a previsão era de expansão de 0,5% em 2017 e de 2,50% em 2018, agora passou a ser de 0,49% e de 2,48%, respectivamente.
 
Nesta quinta (1º), o IBGE divulga o resultado do PIB no primeiro trimestre deste ano. A previsão é de alta de 1% em relação ao trimestre anterior. Se confirmada, será o primeiro avanço nessa base de comparação após oito
trimestres seguidos de queda.

Mesmo diante desse resultado positivo, não há evidências de que a economia tenha iniciado um processo de recuperação, segundo analistas.

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