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Imprensa
Fundos multimercados perdem 3,5% na semana da crise política

Os fundos de ações, multimercados e renda fixa sofreram com a crise política iniciada na semana passada. As denúncias contra o presidente Michel Temer, que podem derrubar o governo e interromper o processo de aprovação da reforma da Previdência e o ajuste fiscal, fizeram a bolsa despencar e os juros e o dólar dispararem.
 
Com isso, os fundos que aplicam nesses ativos tiveram perdas, com exceção dos fundos cambiais, que ganharam 4,45% na semana, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) até sexta-feira.
 
Os fundos de ações foram os que mais sofreram o impacto direto da crise, já que o Ibovespa caiu 8,18% na semana. Os fundos ativos, que buscam superar os índices da bolsa, tiveram perda de 7,73% na semana, em média.
O que quer dizer que alguns fundos podem ter perdido menos ou mais que isso. Os fundos de dividendos tiveram perda ainda maior, 7,92% na média, e os small caps, 6,94%.
 
Os multimercados, que vinham aplicando especialmente em juros e em câmbio, sofreram perdas de 3,51% na semana, na média, com alguns chegando a perder 28% apenas no dia 18, ápice da crise.
 
Também os fundos renda fixa que aplicam em papéis de prazo mais longo, ou Duração Alta, terminaram a semana com perda, de 0,97%, tornando o retorno no mês negativo em 0,41% na média do mercado.
 
Isso reflete a alta dos juros, especialmente das NTN-B, papéis corrigidos pela inflação mais uma taxa real. Com a alta dos juros, os papéis antigos com taxas mais baixas perdem valor.
 
Os fundos fecharam a semana passada com saída líquida de recursos, mas da renda fixa, o que pode ser um movimento normal de governos e empresas sacando de seus fundos poder público e corporativos, respectivamente. Mas os fundos de ações e multimercados continuam captando (ver abaixo), o que é um sinal positivo.

Classe AnbimaSemanaMêsAno12 Meses
Renda Fixa-8.529,711.631,757.292,966.881,6
Ações110,7231,93.115,03.829,1
Multimercados3.490,27.828,139.529,656.036,6
Cambial241,2316,0-143,6-880,2
Previdência637,92.339,014.602,850.713,8
ETF-81,6133,2603,6187,0
FIDC-100,2859,2-1.937,7-9.398,4
FIP1.149,31.530,55.005,815.906,3
Total Doméstico-3.082,324.869,7

118.068,3
 
 
 
 

183.275,8
 
 
 
 

Uma saída de recursos em massa pioraria ainda mais a situação dessas carteiras, pois os gestores teriam de se desfazer de seus investimentos para cobrir os resgates a qualquer preço e isso derrubaria ainda mais valor desses ativos e a rentabilidade.
 
A calma dos investidores pode ajudar a recuperar parte das perdas, como já ocorreu nesta semana, ou até representar uma oportunidade de ganho para os mais ousados que ainda têm espaço na carteira para assumir riscos.
A expectativa, porém, será com a virada do mês e com o chamado “efeito extrato”, quando os investidores recebem o balanço dos rendimentos, se assustam e resolvem sacar.
 

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