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Imprensa
Alibaba quer entrar no mercado de crédito no Brasil

GENEBRA - A gigante do setor de comércio eletrônico, a Alibaba, quer entrar no mundo das finanças e do crédito no Brasil. Essa é, segundo seu fundador Jack Ma, uma das áreas prioritárias para o grupo no País neste ano. Ma, considerado como o 23o homem mais rico do mundo, confirmou à imprensa brasileira que seus planos no País estão sofrendo "alguns problemas", sem detalhar quais seriam os obstáculos. Mas deixou claro que vai continuar a investir no Brasil. 


"Queremos investir no comércio eletrônico, logística e financiamento inclusivo", disse, ao ser questionado quais serão suas áreas de atenção no Brasil. 

 

Sua empresa desenvolveu o "e-Credit Line", uma linha de crédito que pode chegar a US$ 5 mil e destinada a financiar compras no site Alibaba.com. Mas Ma também controla a Ant Financial, empresa do grupo e destinada a garantir microcréditos e empréstimos para pequenas empresas. Em 2015, ele garantiu que iria apoiar na China 1 milhão de empresários do setor de tecnologia e 10 milhões de comerciantes em três anos. 

 

A mesma empresa ainda fechou uma parceria com a CFPA Microfinance para garantir créditos às 300 localidades mais pobres da China. Nos EUA, Ma se reuniu com o presidente Donald Trump e garantiu que sua empresa ajudaria a criar 1 milhão de empregos, principalmente no Centro-Oeste dos EUA. "Se ajudarmos pequenos negócios, mulheres e fazendeiros, criaremos muitos empregos", disse, lembrando que ajudou 12 milhões de pequenas empresas na China. "Criamos 30 milhões de empregos na China. Um milhão não será difícil", disse. 

 

O homem com uma fortuna de US$ 30 bilhões não deu detalhes sobre como seria esse desenvolvimento de financiamento no Brasil. "Já temos negócios B2B (empresa à empresa) e B2C (empresa ao consumidor) no Brasil", disse. "Fomos muito bem nos últimos anos. Mas agora temos alguns problemas e nosso time está trabalhando nisso", disse, sem revelar quais seriam os obstáculos.

 

Mas ele deixou claro que a empresa vai continuar a apostar no Brasil. "É muito importante entender que nosso modelo de negócio é diferente do modelo das companhias americanas.  Vamos a todos os mercados procurando os empreendedores", disse. "Queremos capacitar empresas locais", insistiu.


"Não necessariamente queremos ser o dono daquele negócio de comércio eletrônico.

 

Queremos ser os capacitadores do comercio eletrônico local", explicou. Para a empresa, o importante é que sua plataforma seja utilizada. 


Mesmo ser revelar detalhes de seu plano, num discurso dado na sede da ONU, Ma deixou claro que o foco em pequenas empresas é sua aposta. "Temos de estar de olho nas empresas de menos de 30 funcionários, com pessoas com menos de 30 anos. Eles estarão na ponta", disse o empresário, que viaja para a América Latina nos próximos dias em busca de oportunidades de negócios na Argentina e México. "Fui ao Brasil no ano passado e nossa equipe está conversando", disse. 

 

O Estado revelou que, com mais de 2,5 milhões de usuários no Brasil, a companhia tenta investindo em parcerias locais e poderia abrir um escritório brasileiro para centralizar suas ações na região. Oficialmente, a Alibaba chegou no País em 2014, por meio do AliExpress - site de compras da empresa voltado para o varejo - e com o Alibaba.com, para vendas em atacado. O Brasil ainda chegou a ser o quarto maior país em número de usuários dentro da plataforma Alibaba.com.


Com pouco mais de 1,5 metro de altura, Ma se transformou em uma celebridade. Se sua empresa foi fundada em seu apartamento em 1999, hoje ela tem valores superiores às gigantes como eBay e Hewlett-Packard. Frequentador de Davos e afirmando estar em um avião 800 horas por ano, o chinês tem até livros e DVDs com a "Sabedoria de Jack Ma".

 

Na ONU, ele já ganhou um cargo de "conselheiro especial", seguido nos corredores por diplomatas que tentam uma foto e bajulado como chefe-de-estado. 


Sua filosofia e análise de política externa inclui ainda um alerta: se a revolução tecnológica gerou a Primeira e Segunda Guerra Mundial, a nova onda promovida pela Internet mudará de novo a hierarquia entre países. 

 

"A Internet precisa ser tratada como tratamos da energia no século passado. Tudo estará na internet. Mas, para isso, a infraestrutura precisa ser global para que todos possam ter acesso", disse Ma. 


Quanto aos seus planos pessoais e ambição da empresa chinesa, ele tenta relativizar. "Não queremos globalizar a Alibaba. Queremos globalizar a infraestrutura para o comércio eletrônico", garantiu o bilionário que controla 60% das entregas na China. "Precisamos de jovens empresários. Caso contrário, o mundo será um desastre", alertou.

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