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Imprensa
Novas empresas de crédito oferecem facilidades, mas exigem cuidado em dobro

Tamanho é o avanço das novas tecnologias, que especialistas avaliam que elas têm tudo para mudar completamente a estrutura do sistema bancário. É o que avalia o consultor financeiro Marcelo Segredo. “O sistema bancário ainda é monopolizado e cobra taxas altíssimas dos clientes. Mas já temos opções para fugir dessas despesas, porque cada vez mais empresas surgem no mercado”, observa. Os especialistas alertam, no entanto, que o cuidado ao usar as novas instituições deve ser redobrado.

 

Para a expansão das fintechs, empresas que oferecem serviços financeiros com as facilidades da tecnologia, e de outras companhias no segmento, Segredo defende uma mudança de mentalidade do brasileiro. “Os consumidores precisam entender que não é normal pagar taxas tão altas e que as fintechs também são seguras”, sustenta. Ele acredita que os vínculos com os bancos continuarão existindo, mas vai haver mudanças. “O sistema financeiro tradicional vai dar uma guinada com a popularização dessas tecnologias e opções.”

 

A avaliação é endossada pela economista Ione Amorim, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “A evolução tecnológica veio para ficar e não tem mais volta. Todos os dias vemos movimento para aprimorar o mercado e trazer mais facilidade nas transações. O sistema bancário vai acompanhar esse movimento, assim como o consumidor”, avalia.

 

Desafio
Os especialistas recomendam muita atenção. Seja um crédito tomado pela intermediação de uma fintech ou por uma cooperativa de crédito, o cuidado ao utilizar essas ferramentas é igual ou maior do que o que necessário com as instituições tradicionais. “Sugiro não transacionar dinheiro em qualquer empresa sem antes conferir sua idoneidade. Principalmente nessas novas empresas. É preciso verificar se elas têm registro no Banco Central (BC)”, orienta Ione.

 

A economista do Idec cobra, também, investimentos constantes em infraestrutura para garantir segurança ao ambiente virtual, mais suscetível a fraudes e riscos. Ela prevê, ainda, desafios para os legisladores, de maneira que seja necessário discutir as normas e resoluções do próprio Código de Defesa do Consumidor (CDC) e, se preciso, atualizá-las para contemplar os avanços tecnológicos.

 

“Ao fazer todo o processo bancário por meio de aplicativos, acaba-se transferindo ao cliente, cada vez mais, a própria execução da atividade. Será o consumidor o responsável por eventuais falhas em caso de uma operação não concluída dentro do esperado?”, indaga Ione.

 

O alerta para a credibilidade das empresas também é ressaltado pela pesquisadora Renata Pedro, da Proteste Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. “O consumidor precisa estar muito atento ao que é oferecido e quais os seus direitos. Por isso, é fundamental fazer sempre uma comparação, pesquisar as tarifas, os juros, e se realmente o serviço vale a pena”, diz.

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