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Imprensa
Confira o editorial deste domingo: "O crédito que gera otimismo"

O otimismo manifestado na semana passada pelo superintendente regional da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso do Sul, Evandro Narciso Lima, é alentador para o setor da construção civil, um dos que mais tem sofrido com a crise econômica. A previsão de aumento de 15% no volume de recursos disponíveis para crédito imobiliário neste ano poderá ajudar a deixar mais aquecido este segmento da economia, conhecido por ser o que mais multiplica seus efeitos.
 
Mesmo no ano passado, apesar de todos os desafios impostos pelo mercado, atingido fortemente pela crise, o volume de empréstimos para compras de imóveis contratados pela Caixa em Mato Grosso do Sul foi de R$ 1,47 bilhão, montante 22% maior que o verificado em 2015. Se o aumento esperado pelo representante do banco público for comprovado no fim deste ano, serão pelo menos R$ 1,7 bilhão colocados em circulação na economia sul-mato-grossense.
 
Não há dúvidas do poder de influência sobre toda a economia que tem a construção civil. Nas obras são empregadas grande quantidade de pessoas, de todas as classes sociais e níveis de escolaridade. Quando há grande demanda por imóveis, trabalhadores com pouca qualificação profissional não enfrentam as mesmas dificuldades impostas por outros setores da economia, quando se tratar de encontrar um emprego. Por circunstâncias como esta é que é maior a possibilidade de estes R$ 1,7 bilhão chegarem mais rapidamente a prestadores de serviços, indústria e comércio, que em outras atividades econômicas.
 
A Caixa Econômica Federal aposta, inclusive, na retroalimentação do sistema habitacional, uma vez que parte considerável destes recursos é voltada às faixas de menor renda do programa Minha Casa, Minha Vida, cujo tento, em Campo Grande é de R$ 170 mil.
 
O setor da habitação e incorporação agora espera que o banco, que promete aumentar os recursos, também facilite o acesso do consumidor ao crédito disponibilizado. No ano passado, corretores de imóveis queixaram-se das dificuldades em se liberar crédito por meio do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) por bancos públicos e privados. O SFH é bancado por recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
 
A recuperação da economia passa exclusivamente por ações governamentais que levem ao aumento da liquidez. Quanto mair dinheiro circulando houver, maiores são as chances de estimular a demanda por bens de alto valor agregado, como imóveis, máquinas, automóveis e produtos eletrônicos. Esta é uma das lições que devem ser feitas para retomar o crescimento.
 
O outro dever de casa cabe a todos os níveis de governo. O poder público deve investir com racionalidade e responsabilidade o dinheiro dos impostos, e reduzir ao máximo suas dívidas e emissão de títulos. Este comportamento força a redução dos juros, e estimula bancos e investidores a colocar dinheiro em circulação.
 
Fica a nossa expectativa para que as previsões otimistas dos dirigentes da Caixa se concretizem.

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