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Imprensa
Com crise e aperto no crédito, lucro líquido do Bradesco cai 12% em 2016

SÃO PAULO - O Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 15,08 bilhões em 2016, resultado 12,27% menor que o do ano anterior. O lucro ajustado, que exclui eventos extraordinários, foi de R$ 17,,12 bilhões, queda de 4,2% na mesma comparação anual. A rentabilidade, medida pelo lucro sobre o patrimônio líquido, ficou em 17,6%, abaixo dos 20,5 de um ano antes.
 
- Esse resultado exigiu um esforço muito grande da administração dobanco, pois tínhamos consciência de que 2016 era um ano de travessia. Assim, o balanço deve ser entendido no contexto de um processo de mudança de ciclo da economia brasileira - disse Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, na abertura da teleconferência para explicar os números do balanço no final da manhã desta quinta-feira. - Foi um ano de muitos desafios, por isso o resultado é sólido e equilibrado.
 
Segundo maior banco privado do país, o Bradesco conseguiu, com a aquisição do HSBC Brasil, expandir o saldo de sua carteira de crédito no ano passado, apesar da forte recessão na economia. O saldo de operações de financiamento do banco ao fim de 2016 era de R$ 514,9 bilhões, avanço de 8,6% na comparação anual. Quando se exclui as operações do HSBC que foram incorporadas, o resultado foi uma retração da ordem de 9,2% no volume de empréstimos do banco nos últimos 12 meses.
 
Calote em alta
 
Mesmo com essa postura cautelosa e restritiva na concessão de novos empréstimos ao longo do ano, a inadimplência, medida por atrasos de mais de 90 dias em pagamentos sobre o total de financiamentos concedidos pelo banco, no entanto, cresceu. O índice de calote do Bradesco atingiu o patamar de 5,5% do total de créditos no fim de dezembro, bem acima dos 4,1% de um ano antes.
 
- Nossa percepção é de que estamos no pico de perdas, e não devemos ter uma queda significativa neste primeiro semestre, mas só a partir do segundo - disse o diretor de Relações com Investidores (RI) do banco, Carlos Firetti.
 
Com a ponta do crédito encolhendo, o banco seguiu investindo forte na cobrança por serviços (tarifas). As chamadas receitas com prestação de serviços atingiram R$ 28 bilhões em 2016, valor 12,8% superior aos R$ 24,8 bilhões arrecadados pelo banco no ano anterior.
 
Do resultado anual consolidado do banco, 67,6% do lucro do banco resultaram de suas atividades financeiras, sendo que os 32,4% foram gerados por nas áreas de seguros, previdência e participações.
 
Desde de julho de 2016, o Bradesco passou a incluir em seu balanço os dados do HSBC Brasil, subsidiária local do banco britânico adquirido um ano antes, depois da aprovação dos órgãos reguladores.
 
Lucro do Santander também caiu
 
Maior banco estrangeiro em operação no país, o Santander divulgou na semana passada seus resultados, também com queda no lucro. Os ganhos líquidos da instituição somaram $ 5,5 bilhões em 2016, 20,9% menos do que no ano anterior.
 
 
 
 

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