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Imprensa
Fique atento à perigosa armadilha das tarifas de cartão de crédito

Além das salgadas taxas de juros, os cartões de crédito cobram tarifas sobre algumas das operações mais corriqueiras — o que parte dos usuários desconhece. Conforme um levantamento da associação de consumidores Proteste, fazer um saque em caixa eletrônico utilizando o plástico pode ter cobrança extra de R$ 18 na próxima fatura. Usar o cartão para pagar boletos ou contas como luz e água, utilizando o limite, pode custar até R$ 24,50 por operação.

 

— São taxas altas e, geralmente, o usuário não tem ciência de quanto paga até abrir a próxima fatura. Utiliza-se o que se acredita ser uma facilidade, mas, na verdade, é um serviço de luxo — afirma Renata Pedro, coordenadora do estudo.

 

As mensalidades cobradas por cada banco nos cartões também variam: do mais barato ao mais caro, a diferença de valores chega a quase 100%. A exceção, conforme o levantamento, são os bancos digitais, sem agências físicas, como Nubank e Digio, que, além de dispensarem a anuidade, também zeram as tarifas para praticamente todos os procedimentos adicionais.

 

— É uma vantagem que os bancos digitais oferecem. Por outro lado, nos últimos 12 meses, esses bancos também passaram a subir bastante os juros do rotativo. Ou seja, a taxa já não é assim tão diferente à dos bancos tradicionais — alerta Renata.

 

O levantamento mostrou que o juro mensal cobrado pelo Nubank para quem não paga a fatura inteira fica em torno de 14%, ou, considerando a taxa composta, vai a 381% em um ano. Nos bancos "físicos", conforme estudo do Banco Central, a taxa anual já se aproxima dos 500%.

 

É um número descolado da imensa maioria dos países: na América Latina, por exemplo, a taxa brasileira é mais de 10 vezes acima do segundo colocado, o Peru, com juro médio de 43,7% por ano. O caso do juro do cartão brasileiro é tão insólito que uma reportagem publicada pelo jornal americano The New York Times, no fim de 2014, informou que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil "fariam um agiota americano sentir vergonha", citando os cartões de crédito.

 

Zero Hora pediu posicionamento à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e à Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) sobre os altos juros cobrados nos cartões. A Febraban informou que não cabia a ela comentar, e a Abecs não respondeu até o fechamento desta edição.

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