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Imprensa
Ilan: BC tem de passar por cima de pressão por corte de juros

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reconheceu, nesta quarta-feira, que há pressões para a queda mais rápida dos juros no Brasil. No entanto, o BC tem de passar por cima desses “ruídos”, afirmou. Ele confirmou que, se mantido o cenário atual, o corte maior da Selic (taxa de referência para os juros no país) acontecerá no início do ano que vem. O cenário, contudo, pode ter sofrido mudanças com acontecimentos mais recentes, como a alta da gasolina e o acirramento da crise política, após o presidente do Senado, Renan Calheiros, descumprir a decisão da Justiça e permanecer no cargo.

 

— No final (das discussões na última reunião do Comitê de Política Monetária, Copom) houve um consenso de aguardar para fazer a intensificação na próxima reunião.

 

Durante o café anual com os jornalistas, o presidente do BC negou que adotará medidas como mexer em depósitos compulsórios (parte dos recursos dos correntistas que os bancos devem entregar ao Banco Central) para estimular a economia, uma das possibilidades aventadas pelo mercado. Sobre isso, disse que tem de pensar se as medidas terão impacto ao longo do tempo.

 

Nas últimas semanas, aumentaram as críticas em relação ao ritmo do corte dos juros. No entanto, Ilan frisou que o BC tem de transcender esses rumores.

 

— O ruído, tem de passar um pouco por cima.

 

O Banco Central avaliou o trabalho da diretoria que assumiu após o impeachment de Dilma Rousseff. O presidente da autarquia que há espaço para a queda de juros porque a retomada de credibilidade permite. Até a mudança de governo, a falta de credibilidade da antiga diretoria fez com que as previsões para a inflação subissem muito. Como ninguém acreditava que o BC controlaria a inflação, as projeções subiram e contaminaram os próprios preços.

 

— É um espaço (para corte de juros) que se ganha quando ancorar as expectativas. É o espaço que nos permite ter juros mais baixos sustentáveis por mais tempo.

 

Ele disse ainda que o BC é sensível ao crescimento econômico e que a instituição não é um problema.

— O BC é parte da solução do problema e não o problema em si. O BC esta ajudando — garantiu Ilan. — O Banco Central é sensível ao nível de atividade.
 

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