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Imprensa
Moody's vê risco baixo para consignado, apesar de atrasos em Estados

Os bancos brasileiros resistirão aos crescentes riscos do empréstimo consignado em folha de pagamento apesar dos

problemas enfrentados em alguns Estados que passam por dificuldades financeiras e atrasam o pagamento de salários. A avaliação é da agência de classificação de risco Moody’s.

 

Para a agência, a obrigação dos governos estaduais de pagar salários e a estabilidade no emprego dos funcionários públicos estaduais sustentarão a qualidade do crédito dos financiamentos.


Os empréstimos consignados quase dobraram nos último cinco anos, impulsionadoprincipalmente pelos empréstimos a funcionários públicos, incluindo os que trabalham para os governos estaduais. Eles respondem por 60% do total de R$ 286 bilhões (US$ 88 bilhões) do consignado em circulação, de acordo com a agência.


Os atrasos salariais, que têm ocorrido em Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minais Gerais, são uma fonte de preocupação para os bancos, segundo a Moody’s. Os empréstimos são pagos por meio de desconto
direto dos salários, o que faz com que qualquer atraso no pagamento dos funcionários públicos estaduais afete o financiamento.


O atraso no pagamento dos salários levou a um aumento na volatilidade dos empréstimos já vencidos entre 15 e 90 dias. "Apesar dessa volatilidade, apenas 2,3% do crédito consignado em folha para funcionários do setor público apresentava atraso superior a 90 dias em agosto de 2016, o que indica que mesmo os Estados em dificuldade têm resolvido a questão do atraso salarial dentro de um prazo de 90 dias", afirma Farooq Khan, analista Moody’s.

 

De acordo com a legislação brasileira, os bancos devem provisionar a parcela em atraso de um empréstimo vencido há pelo menos um dia, o que levou a um aumento nos custos. Em consequência, os bancos elevaram as taxas de
juros para manter as margens e reduziram o financiamento para Estados com dificuldades financeiras.


Modalidade segura
A Moody’s, porém, ainda vê o crédito consignado como uma modalidade de empréstimo segura no Brasil. Para a agência de risco, apenas em um cenário improvável, os níveis de inadimplência referente a atrasos superiores a 90
dias subiriam significativamente, o que forçaria os bancos a reconhecer aumentos substanciais com custos de provisionamento.


Ainda segundo a Moody’s, no caso de alguma medida que venha a reduzir a estabilidade dos servidores do setor público, os bancos certamente enfrentarão um aumento nos riscos relacionados ao crédito consignado.

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