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Imprensa
Empréstimos e cartões de loja são os principais vilões da inadimplência

Pesquisa nacional realizada apenas com consumidores inadimplentes pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que as dívidas bancárias continuam sendo as principais causadoras do nome sujo.

 

Sete em cada 10 (76,1%) entrevistados que contrataram algum empréstimo estão inadimplentes porque não pagaram as parcelas em dia.  As compras feitas no cartão de loja aparecem logo em seguida, deixando 73,1% dos seus usuários com o nome no cadastro de devedores.


Os percentuais se mantiveram estáveis na comparação com o ano passado (74,5% para empréstimos e 74,6% para cartões de loja), mas apresentaram alta na comparação com 2014, período em que a crise econômica ainda não havia atingido o seu auge.

 

Pagamentos atrasados no crediário ou carnê (62,5%), as parcelas pendentes no cartão de crédito (62,1%) e o cheque especial (46,9%) vêm em seguida como as modalidades de crédito que mais levaram os entrevistados à inadimplência. Essas duas últimas modalidades mostraram queda significativa frente a 2015, quando as porcentagens haviam sido de 73,6% para o cartão de crédito e de 67,8% para o cheque especial.


Embora a inadimplência apresente patamar elevado em alguns tipos de dívidas, o consumidor brasileiro está evitando assumir novos compromissos financeiros. A pesquisa do SPC Brasil mostra queda no percentual de inadimplentes que admitiram ter contas assumidas frente a 2015, estivessem elas em dia ou em atraso, em praticamente todos os compromissos pesquisados.


Contas atrasadas
Não são apenas as dívidas bancárias levam os consumidores à lista de inadimplentes. Muitos estão com restrição ao crédito porque deixaram de pagar em dia contas com algum tipo de serviço não necessariamente ligado aos bancos. A principal conta responsável por deixar os consumidores com o nome sujo é a de telefone fixo e celular, citada por 14,7% dos entrevistados (em 2015 o percentual de atrasos era de 21,7%).


Em segundo lugar aparecem as pendências com mensalidades escolares, citadas por 9,1% dos entrevistados (em 2015 eram 16,0%). Atrasos com operadoras de TV por assinatura (7,1%), plano de saúde (6,8%), contas de água e luz (6,1%), aluguel (2,2%) e mensalidade do condomínio (2,2%) completam o ranking das dívidas não bancárias.


No setor de serviços também foi observada uma redução na quantidade de compromissos assumidos. O percentual de consumidores inadimplentes que destinam parte de seus rendimentos para pagar contas de água e luz caiu de 65,0% em 2015 para 57,6% em 2016. O mesmo aconteceu com os entrevistados que têm despesas fixas com contas de telefone (de 50,7% para 41,9% em um ano), aluguel (de 25,3% para 22,8%), mensalidade de plano de saúde (de 18,2% para 12,1%) e compromissos escolares, como colégio ou faculdade (de 15,7% para 9,1%).


Dívidas bancárias
Entre as dívidas bancárias, o maior recuo foi observado no cartão de crédito. Em 2014, 69,9% dos inadimplentes entrevistados tinham essa modalidade de conta como um compromisso fixo do seu orçamento - estivessem elas atrasadas ou não -, percentual que recuou para 57,5% em 2015 e agora caiu ainda mais para 40,4% em 2016.

 

Também houve recuo do cartão de loja: de 61,2% em 2014 para 55,2% em 2015 e finalmente para 47,5% em 2016.

 

A única dívida bancária que aumentou a sua incidência entre os inadimplentes na comparação frente ao ano passado foi o financiamento de automóvel, que passou de 10,0% em 2015 para 12,8%.


Contas priorizadas
Caso não seja possível fechar o mês com todas as contas em dia, os consumidores inadimplentes priorizam as dívidas não bancárias, em especial aquelas ligadas ao aluguel e plano de saúde. No primeiro caso, 94,9% dos inadimplentes estão com os pagamentos em dia; no caso do plano de saúde, a participação dos que têm a conta em dia chega a 91,8%. Outros compromissos que os inadimplentes costumam pagar majoritariamente em dia são o condomínio (91,3%), TV por assinatura (87,9%) e contas de água e luz (85,6%). Todas essas alternativas mostraram um leve aumento, dentro da margem de erro, na comparação com 2015.


Já no caso das dívidas bancárias, as que os consumidores inadimplentes mais pagam em dia são as parcelas do financiamento da casa própria (75,8% frente a 67,5% verificado em 2015), seguida pelo crédito consignado (50,0% contra 40,8% no ano passado), que é descontado em folha de pagamento, e pelo financiamento do automóvel (48,1% ante 40,0% em 2015).

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