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Imprensa
Pagando juros altos, consumidor tem acesso a empréstimo até sete vezes maior que o salário

As linhas de crédito mais caras do mercado, o cartão de crédito e cheque especial são as de mais fácil acesso ao consumidor, apesar dos juros, ultrapassarem 400% ao ano, no caso do cartão. Pesquisa da Proteste Associação de Consumidores, alerta que o crédito caro e emergencial está sendo concedido de forma desenfreada. Segundo a Proteste conseguir no mercado empréstimos em várias instituições bancárias é fácil e pode tornar uma dívida impagável. O valor do empréstimo pode ser até oito vezes maior que o a renda mensal do consumidor.

 

Levantamento da instituição avaliou três perfis reais de consumidores com renda entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. No caso do consumidor com renda de aproximadamente R$ 10 mil foi constado conta corrente em sete bancos, o que lhe garantiu crédito total aprovado de mais de R$ 213 mil. Desse valor, R$ 76 mil podem ser usados em um único mês. "Basta gastar o limite de todos os cartões de crédito e usar o cheque especial de todos os bancos", explica a Proteste. 

 

No modelo de empréstimo avaliado, o valor do empréstimo precisa ser pago integralmente no mês seguinte para evitar juros de atraso e rotativo, por exemplo. "Sendo a dívida quase oito vezes maior do que o salário, é praticamente impossível pagá-la. É aí que a dívida vai se tornar impagável, principalmente diante do aumento do desemprego, queda da renda e persistência da inflação", reforça a instituição.

 

Em outro caso avaliado pela Proteste, o consumidor possui uma renda entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, levamos em consideração que a renda é desse consumidor é de R$ 4 mil e só o banco Itaú disponibiliza para ele R$ 32 mil, entre cartão de crédito, cheque especial e crédito pré-aprovado. O crédito é oito vezes superior à renda.

 

“O crédito pré-aprovado já está na conta, não precisa de autorização, e o consumidor acaba sendo fisgado pela facilidade e se enrola facilmente”, afirma Renata Pedro, técnica da Proteste . Mas não é só dos bancos a responsabilidade de se evitar os altos níveis de endividamento. “Os bancos precisam oferecer crédito consciente, mas também é dever do consumidor ter um orçamento equilibrado e não gastar mais do que deve”, destaca Renata.

Para evitar a bola de neve a Proteste orienta a nunca ultrapassar 30% da renda mensal com parcelas; pagar o total da fatura do cartão de crédito até a data do vencimento;

 

rever os gastos e fazer cortes quando necessário; evitar fazer compras que não são urgentes; e nunca gastar mais do que se tem. Para isto é importante fazer planejamento mensal se possível com auxílio de uma planilha.

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