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Desemprego avança em todas as regiões do país, aponta IBGE

RIO DE JANEIRO ­ (Atualizada às 11h02) O desemprego mostrou avanço generalizado no segundo trimestre, no recorte regional da Pesquisa Nacional por Amostras por Domicílio Contínua –Trimestral (Pnad Contínua Trimestral), nas palavras do coordenador da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.


A taxa de desocupação subiu em todas as grandes regiões no segundo trimestre de 2016e, em todas, elas o desemprego foi o maior desde o início da série da Pnad Contínua, em 2012. Das 27 unidades da federação, 20 apresentaram recorde na taxa de desocupação do segundo trimestre, fato esse considerado, de certa forma, inesperado pelo representante do IBGE. “A expectativa era outra, com menos unidades [da federação] com taxa recorde”, completou.


Na comparação com o período de abril a junho de 2015, houve aumento do desemprego no Norte (de 8,5% para 11,2%), no Nordeste (de 10,3% para 13,2%), no Sudeste (de 8,3% para 11,7%), no Sul (de 5,5% para 8%) e no Centro­Oeste (de 7,4% para 9,7%).


No primeiro trimestre deste ano, essas taxas haviam sido de 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro­Oeste e 7,3% no Sul.


O levantamento do IBGE mostrou ainda que o Estado do Amapá registrou a maior taxa de desemprego do país no segundo trimestre, de 15,8%. Santa Catarina, por sua vez, teve a menor taxa, de 6,7%. No mesmo período do ano passado, esses Estados registraram taxas de 10,1% e 3,9%, respectivamente. Em São Paulo, o desemprego cresceu de 9% de abril a junho de 2015 para 12,2% nos mesmos três meses do calendário atual.


No corte por Estados, além do Amapá, as maiores taxas de desocupação no trimestre de 2016foram observadas na Bahia (15,4%) e em Pernambuco (14,0%), enquanto as menores taxas estavam, além de Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).


O IBGE já tinha divulgado em 29de julho a taxa média de desemprego no país, de 11,3% no segundo trimestre deste ano, ante 8,3% no segundo trimestre de 2015, e hoje detalhou os dados por regiões e Estados.


Há, ainda, uma perda de estabilidade do trabalhador, com redução forte de contingente de pessoas com carteira de trabalho assinada. Cimar explicou que, no passado, quando se detectava perda de emprego com carteira assinada, se notava um aumento no patamar de empregadores por conta própria? bem como de empregos informais. “Um segmento meio que compensava o outro”, comentou.


No entanto, não é isso que se nota no segundo trimestre. Para o especialista, isso mostra que nem mesmo emprego informal conseguiu conter o avanço da taxa de desocupação no segundo trimestre. “O que significa isso? Que aquele fôlego que o mercado de trabalho tinha em absorver mão de obra via mercado informal diminuiu”, disse Cimar.

 

Capitais
Em 16 capitais, a taxa de desemprego foi maior que a taxa média de seus Estados. Os números mostram perda de dinamismo nessas cidades, que na maior parte das vezes concentram a atividade econômica regional.


A diferença entre as taxas de desemprego da capital e do Estado é especialmente grande em Manaus (AM), Salvador (BA), São Luís (MA), Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e Macapá (AP).


Na capital do Amazonas, onde está a Zona Franca, o desemprego subiu de 11,9% para 17,4% do segundo trimestre de 2015 para o mesmo período deste ano, ficando 4,2 pontos percentuais acima da taxa do Estado, de 13,2%.


Em Salvador, o desemprego passou de 14,2% para 17,6%, acima da taxa da Bahia, de 15,4%. É a capital com a maior taxa de desemprego do país, enquanto a média do Estado é a segunda maior.


Na capital do Maranhão, a taxa saiu de 14,2% para 16,4%, ou 4,6 pontos acima do desemprego médio do Estado, de 11,8%.


Em Macapá, o desemprego saltou de 10,9% para 17,4%, certamente contribuindo para a taxa do Amapá, de 15,8%, a maior do país no segundo trimestre.


Aracaju também viu o desemprego disparar, de 9,8% para 16,1%, taxa bem acima da registrada em Sergipe, de 12,6%.


Em Cuiabá, o desemprego também subiu de forma agressiva, de 6,6% para 13,4% do segundo trimestre de 2015 para igual período neste calendário. Em Mato Grosso, a taxa é menor, de 9,8%.


Capitais mais dinâmicas, como São Paulo e Rio de Janeiro, registraram taxas menores que a de seus Estados: 10,6% contra 12,2% e 7,3% contra 11,4%, respectivamente.

 

Nível da ocupação
O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,6% para o Brasil no segundo trimestre. As regiões Nordeste (48,6%) e Norte (54,4%) ficaram abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,1% no Sul, 59,2% no Centro­Oeste e 56,1% no Sudeste.


Mato Grosso do Sul (61,1%), Santa Catarina (59,4%), Paraná (59,2%) e Goiás (59,2%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,9%), Pernambuco (46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais baixos.

 

Renda
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$1.972) nas regiões Sudeste (R$ 2.279), Centro­Oeste (R$ 2.230) e Sul (R$ 2.133), enquanto Norte (R$ 1.538) e Nordeste (R$ 1.334) ficaram abaixo da média.


O Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.679), seguido por São Paulo (R$ 2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287). Os menores rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 1.072), Bahia (R$ 1.285) e Ceará (R$ 1.296).


A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 174,6 bilhões de reais para o país com um todo) ficou em R$ 90,4 bilhões na região Sudeste, R$ 29,8 bilhões no Sul, R$ 28,0 bilhões no Nordeste, R$ 16,2 bilhões no Centro­Oeste e R$ 10,2 bilhões no Norte.

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