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Imprensa
BC deve baixar Selic somente em agosto, projetam bancos

O cenário político atual, aliado à inflação corrente mais pressionada e aos persistentes desempenhos ruins da economia brasileira levam a uma perspectiva de que o Banco Central deve cortar os juros básicos, mas não no curtíssimo prazo. A expectativa para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que será realizada na próxima semana, é de que seja mantida a taxa Selic economia em 14,25%. Mas um corte no segundo semestre é dado como certo, e as apostas estão em agosto.

 

Com os resultados ruins recentes da economia brasileira, como a queda do Produto Interno Bruto, a baixa atividade e a alta ociosidade da indústria divulgadas hoje, a expectativa seria de que o Copom reduzisse os juros já na próxima reunião. Mas o IPCA-15 e o IGP-M acima das expectativas em maio e a troca de comando do Banco Central (BC), com a posse ainda sem dada de Ilan Goldfajn no lugar de Alexandre Tombini, levaram os analistas a adiar a expectativa de corte.

 

O banco Itaú tinha uma previsão de um corte inicial de 0,5% na Selic já em julho, mas reviu a projeção para agosto. A redução dará início a uma série de reduções da taxa básica brasileira até os 10% ao ano em agosto de 2017. Já o banco BNP Paribas é mais otimista e projeta um ciclo de cortes mais longo, alcançando ao final do ano que vem taxas anuais de 9% ao ano.

 

Em relação à sinalização do BC quanto às decisões futuras, o Itaú acredita que o comunicado deve vir semelhante ao da última reunião do Copom, em que foram mantidos os argumentos de que as condições econômicas “não oferecem espaço para flexibilização da política monetária”. A diferença no tom do comunicado deve ser a grande novidade para a reunião. Com um discurso menos direto, o BC deve abrir as possibilidades para que decisões futuras de iniciar o ciclo de cortes sejam tomadas.

 

Inflação sob perspectiva de queda

A inflação brasileira também deve caminhar para patamares mais otimistas na economia. O BNP Paribas projeta uma sequência de quedas na alta de preços, alcançando o teto da meta estabelecida pelo governo (6,5%) já no final do ano. Para 2017, a previsão é de que a inflação oficial rume ao centro da meta, estabelecido em 4,5%, no ano que vem. Esse alívio nos preços deve contribuir para que o Banco Central tenha um plano de fundo consistente para o movimento de baixa dos juros Selic esperados pelo mercado, sempre dependendo, entre outros fatores, da aprovação e execução das medidas de ajuste fiscal propostas.

 
 

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