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Imprensa
Startup catarinense lança pulseira para pagamentos no Brasil

Esqueça os cartões de crédito e débito, as cédulas em papel e as moedas. Se depender da startup catarinense Atar, de Timbó, os consumidores brasileiros só farão pagamentos em estabelecimentos comerciais físicos utilizando uma pulseira. Conforme os próprios empreendedores, a tecnologia vestível — wearable, em inglês — para a área de finanças é inédita no país e terá pré-venda a R$ 299 pelo site www.wearatar.com a partir de hoje.
 
A pulseira funciona por meio da tecnologia de transmissão de dados sem fio por aproximação — denominada NFC —, é à prova d'água e dispensa o uso de bateria. O wearable é integrado a um aplicativo no celular, que permite ao usuário a recarga a partir do pagamento de boletos bancários, o recebimento de notificações a cada compra realizada e o acompanhamento do histórico de pagamentos. Tanto a estrutura de hardware quanto a de software são produzidas pela startup catarinense.
 
— Nossa ideia é livrar as pessoas de utilizarem a carteira, além de tornar os pagamentos mais fáceis. É uma experiência completa. Seguiremos aprimorando a tecnologia — garante o comandante da Atar, Orlando Purim Junior, 24 anos, que assina a concepção do projeto junto dos sócios e amigos Mike Allan e Luiz Fernando Heidrich desde 2014.
 
A Atar Band, como a pulseira é chamada, foi apresentada pela primeira vez ao público durante o Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras do ano passado. Posteriormente, foi validada no programa de inovação do Bradesco InovaBRA, que apoia projetos com soluções aplicáveis ou adaptáveis ao mercado financeiro. A tecnologia catarinense é patenteada e o pioneirismo enquanto wearable de pagamentos no Brasil é confirmado pela FintechLab, que monitora tecnologias e serviços financeiros.
 
Desafio no mercado de wearables
 
O Google Glass (por US$ 1,5 mil, mas já fora do mercado ), o relógio inteligente da Samsung (R$ 1,6 mil) e a pulseira da Nike (R$ 470) não vêm rendendo o esperado, principalmente pelo preço elevado. Ciente dos desafios a serem superados no mercado de wearables, o CEO da Atar garante ter desenvolvido uma tecnologia de fácil disseminação no país.
 
— A pulseira foi desenvolvida para acabar com outro problema dos wearables: a bateria. A Atar Band funciona com energia sem fio que é transmitida da própria maquininha de cartão no momento da transação.
 
Cerca de 85% das máquinas de cartão de crédito no Brasil aceitam o pagamento por aproximação. A estimativa é que mais de 1,9 bilhões de dispositivos serão aptos a realizar o procedimento de maneira sem contato (contactless) até 2018.
 
— O Brasil tem uma das maiores infraestruturas para essa tecnologia contactless. Mas ninguém está usando isso. Estamos entrando nesse mercado de forma muito competitiva — confirma Purim.
 
O diagnóstico do diretor-financeiro da Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (Acate), Daniel Leipnitz, é positivo. Na avaliação dele, os dispositivos vestíveis vão cada vez mais fazer parte do dia a dia das pessoas, principalmente nas áreas financeira e de saúde.
 
— Esse é um tipo de tecnologia que cada vez vai se difundir mais. Grandes players, como Apple e Microsoft, lançam novos produtos na área de wearables, porque dá um espaço grande para a empresa se desenvolver em várias frentes — explica o dirigente, que assumirá a presidência da Acate em 9 de junho com o desafio de unificar o setor de tecnologia em Santa Catarina.
 
Como funciona a Atar Band
 
1) O usuário coloca crédito na pulseira a partir de um boleto bancário gerado a partir do aplicativo da Atar. Os desenvolvedores garantem que esse procedimento dura em média um minuto e meio, dependendo do internet banking utilizado. A empresa ainda pretende integrar novas formas de creditar a pulseira no futuro, como transferência bancária e cartões de débito e crédito;
 
2) Com a pulseira carregada, o usuário aproxima o pulso à máquina de cartão que aceite a tecnologia contactless (NFC);
 
3) Na sequência, ele deve digitar a senha pessoal para finalizar a transação;
 
4) É possível acompanhar o histórico de recargas e débitos a partir do aplicativo da startup;
 
5) Em caso de perda, é possível bloquear a pulseira pelo app.
 
 
 

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