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Imprensa
Cresce a procura por cooperativas de crédito

As cooperativas de crédito, que em conjunto formam o sexto maior banco do País, têm conseguido passar quase que à margem da crise econômica. O número de cooperados em busca de mais vantagens financeiras, os depósitos à prazo e os da caderneta de poupança cresceram nos últimos anos. O que prejudica -- e explica o "quase à margem da crise" afirmado por uma delas -- é a inadimplência, que também aumentou. O crescimento do segmento é verificado em Sorocaba, que conta com agências das quatro principais cooperativas de crédito brasileiras. Algumas delas, pretendem se expandir pela região metropolitana. 
  
Se as quatro principais cooperativas de crédito brasileiras fossem um só banco, seria o 6º maior no varejo nacional, segundo informações das próprias instituições. Nenhuma das agências instaladas em Sorocaba está entre as 100 maiores do país, segundo levantamento do Portal do Cooperativismo Financeiro. No entanto, três fazem parte das maiores cooperativas brasileiras. 
  
O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) é o maior com unidade em Sorocaba e tem vinculação com a Associação Comercial de Sorocaba (Acso). Hoje, a instituição possui cerca de 2.500 associados ativos no município. "Estamos confiantes em manter o padrão de crescimento que apresentamos nos últimos anos e prevemos que nossa carteira expandirá nacionalmente de 20% a 25% em 2016", destaca, em resposta ao Cruzeiro do Sul. 
  
Conforme o Sicoob, os depósitos das cooperativas do Sistema somaram R$ 31,6 bilhões em 2015, aumento de 21,5% em relação ao período anterior. A instituição destaca que os depósitos a prazo e de poupança evoluíram 25% e 7,7%, respectivamente. Esse crescimento, segundo a cooperativa, se deve à economia. "Em momentos de incertezas econômicas também surgem oportunidades. É comum que as pessoas revisem suas despesas e busquem por alternativas mais rentáveis", avalia. 
  
Outra cooperativa presente em Sorocaba, o Sicredi, afirma que a média de crescimento da unidade local acompanha a média do Sistema Sicredi, que é em torno de 25% ao ano. "Para se ter uma ideia, em 2013, a cooperativa Sicredi Agroempresarial PR/SP tinha 20 mil cooperados e em 2015 chegou a marca de 40 mil", afirma. Atualmente, a unidade local tem 180 associados. Em recursos administrados, o crescimento no Brasil foi de 35% no último ano, atingindo a marca dos R$ 500 milhões. 
  
Para a Sicredi, "apesar do momento complicado do mercado", foi possível no último ano atingir todos os seus objetivos e metas. "Para os próximos cinco anos, a expectativa é de inaugurar mais 10 agências no estado de São Paulo, região de Sorocaba." De acordo com a cooperativa, ainda para o final do segundo semestre de 2016 está prevista inauguração de novas agências, em Ibiúna e Piedade. 
  
A Unicred não informou quantos cooperados possui a unidade local. A instituição, no Brasil, conseguiu aumentar em 21% os depósitos totais, que tiveram um saldo médio acima de R$ 7,4 bilhões em 2015. Já o patrimônio líquido, mostrou expansão de 14%, atingindo R$ 1,516 bilhão em dezembro de 2015. De acordo com o Leo Trombka, presidente da Unicred do Brasil, apesar da grande volatilidade do mercado, o ano de 2015 foi positivo para o sistema. 
  
  
Crescimento do cooperativismo 
  
  
As vantagens em relação aos bancos comerciais também chamam a atenção, avalia o economista Sidney Oliveira, delegado do Conselho Regional de Economia (Corecon) de Sorocaba. "A cooperativa é uma sociedade de pessoas que têm objetivo comum. A partir do momento que se é um cooperado, a pessoa tem cotas de participação na cooperativa", afirma. Segundo ele, a primeira vantagem é que o cooperado é como um sócio e isso tem chamado a atenção dos usuários. 
  
"Tem crescido não só por conta da questão econômica atual, mas porque os usuários estão começando a descobrir as vantagens de ser cooperado", diz. Segundo ele, o avanço das cooperativas se deve a um conjunto de fatores, como as taxas de juros menores e o atendimento personalizado. 
  
O economista ressalta que, nas cooperativas ainda, quando há lucro, esses valores são revertidos em créditos. "Porque o cooperado é uma espécie de sócio", acrescenta ele, que garante que as cooperativas são tão seguras quanto qualquer banco comercial. 
 
 

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