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Imprensa
BC reduz previsão de crescimento do crédito bancário em 2016

O Banco Central reduziu de 7% para 5% a projeção de crescimento nas operações de crédito bancário para este ano. Se a estimativa se concretizar, será o sexto ano seguido em que o crescimento do crédio perde força. Em 2015, a expansão foi de 6,6% – o menor crescimento anual já registrado.

As operações de crédito feitas por bancos no Brasil somaram em fevereiro R$ 3,18 trilhões, o que representa uma queda de 0,5% em relação a janeiro, quando o valor era de R$ 3,19 trilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (29).

Os números mostram que se mantém o movimento de desaceleração na demanda por crédito no país, que já dura cinco anos. Isso quer dizer que os empréstimos ainda crescem, mas em ritmo cada vez menor.

O aumento do volume de crédito nos últimos 12 meses até fevereiro ficou em 5,3%, índice menor que o crescimento de 6,2% registrado até janeiro deste ano.

De acordo com o Banco Central, a queda no saldo das operações de crédito em fevereiro reflete, principalmente, a queda no crédito às empresas, que tiveram queda de 0,9% e chegaram a R$ 1,6 trilhão. Por outro lado, as concessões de crédito a famílias tiveram uma leve alta, de 0,1%, e totalizaram R$ 1,5 trilhão.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que não é comum haver recuo no mês de fevereiro. Isso ocorreu pela última vez, segundo ele, em fevereiro de 2009.

“De qualquer forma, os primeiro meses deste ano mostram interrupção na expansão de crédito e isso pode ser atribuído a alguns fatores, como a sazonalidade. No início do ano, o crescimento do crédito é mais tímido. [...] A dinâmica da atividade econômica, claro, também impacta na evolução do crédito”, afirmou.

Maciel também lembrou que a incerteza em relação à economia deixa os consumidores com mais cautela na hora de pegar empréstimos. “Em período de maior incerteza, há certa restrição por parte das pessoas em comprometer renda futura”, afirmou.

Crédito livre X direcionado

De acordo com números do Banco Central, a carteira de crédito com recursos livres (sem contar habitacional, rural e do BNDES) teve retração de 0,6% em fevereiro, para R$ 1,6 trilhão.

O crédito direcionado (rural, habitacional e do BNDES) registrou baixa de 0,3% em fevereiro e fechou o mês passado em R$ 1,5 trilhão.

Projeções

Ao revisar a projeção da expansão do crédito total no ano, o Banco Central informou que estima um crescimento de apenas 2% nos recursos livres, em vez de 5%, e de 7% nos recursos direcionados, em vez de 9%.

Também teve queda a projeção de crescimento do crédito concedido pelos bancos públicos, que passou de 9% para 8%. No caso das instituições financeiras privadas nacionais, houve uma revisão de alta de 2% para retração de 1%. Os bancos privados estrangeiros devem aumentar a concessão de crédito em 4%, e não mais em 8%, segundo os dados mais recentes do Banco Central. A instituição também revisou a proporção do crédito em relação ao PIB: era de 55% e, agora, caiu para 54%.

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