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Imprensa
Bolsa de Nova York tem alta acumulada de quase 8% na semana e faz preços no Brasil subirem até R$ 50/sc

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a semana próximas de US$ 1,35 por libra-peso. No vencimento referência, os ganhos acumulados foram de quase 8%, saindo de 124,40 cents/lb para 134,30 cents/lb hoje. O mercado repercutiu um melhor otimismo nas commodities, indicadores técnicos e, principalmente, o recuo do dólar em relação ao real e a retomada das incertezas sobre a safra da Colômbia e do Brasil. Essa forte alta na ICE alavancou os preços no Brasil e fez os vendedores voltarem às praças de comercialização.

Os lotes com vencimento para março/16 fecharam a sessão de hoje cotados a 133,85 cents/lb com alta de 185 pontos, o maio/16 registrou 134,30 cents/lb com avanço de 175 pontos. O contrato julho/16 encerrou a sessão com 136,15 cents/lb e 190 pontos de valorização, já o setembro/16 encerrou o dia cotado a 137,65 cents/lb com 200 pontos positivos.

Com o fechamento do lado azul da tabela nesta sexta-feira, as cotações registram a terceira alta consecutiva. Para o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, isso demonstra uma recuperação ante os fechamentos nas últimas semanas muito abaixo da realidade. "A alta surpreende porque nem mesmo os mais otimistas esperavam o mercado na casa de US$ 1,35/lb", afirma.

O financeiro contribuiu bastante para os ganhos do arábica nesta semana. O dólar fechou o dia cotado a R$ 3,5817 na venda com queda de 1,96%, a menor cotação desde agosto de 2015, repercutindo as incertezas na cena política brasileira, mesmo após o Banco Central reduzir sua presença no mercado de câmbio. O dólar mais fraco em relação ao real desencoraja as exportações da commodity.

"O anúncio de Yellen durante a noite [de ontem], sem dúvida, forneceu algum sentimento otimista em todos os mercados de commodities", disse o site internacional Agrimoney se referindo ao anúncio do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos, que decidiu manter as taxas de juros, de olho em riscos para a economia global.

Na sessão anterior, as cotações do café arábica em Nova York atingiram o patamar mais alto desde outubro. Agências internacionais de notícias também reportaram que os operadores estão menos otimistas em relação à produção da Colômbia e de algumas áreas do Brasil.

Estimativas privadas e estrangeiras apontam a produção brasileira nesta temporada em cerca de 50 milhões de sacas. "Tudo indica que teremos uma safra boa, mas temos uma escassez de oferta agora, antes do início da colheita. Com isso, o mercado deve ficar estável", explica Machado.

No entanto, mesmo com esse volume mais alto colhido em relação às safras anteriores, o mercado ainda pode sofrer um aperto na oferta. Os estoques de café, que foram usados para abastecer o mercado em anos anteriores, estão praticamente zerados.

"Há o sentimento geral de que pode ocorrer um déficit maior que o esperado neste ano e a perspectiva de um novo déficit no próximo ano", disse o analista da Capital Economics, Hamish Smith à agência de notícias Reuters.

Mercado interno

Os preços do café no mercado físico brasileiro registraram ganhos expressivos nesta semana, acompanhando a forte alta de Nova York. Com isso, um volume maior de negócios passou a ser registrado, segundo o Cepea (Centro de Economia Aplicada, da ESALQ/USP).

Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 504,17/saca de 60 kg, avanço de 3,57% frente ao da quarta-feira anterior. O Indicador não fechava acima dos R$ 500,00 desde o final de janeiro.

"Acredito que o mercado está em um bom nível para o produtor vender. Ressalto sempre que ele deve fazer a média e não vender toda a sua produção de uma única vez", explica Anilton Machado.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Varginha (MG) com R$ 570,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,92% e saca cotada a R$ 547,00.

Da sexta-feira passada para hoje, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Varginha (MG) com avanço de R$ 50,00 (9,62%), saindo de R$ 520,00 para R$ 570,00 a saca.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 568,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 0,91% e saca valendo R$ 545,00.

Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Varginha (MG), que tinha saca cotada a R$ 515,00, mas subiu R$ 30,00 (5,83%) e agora vale R$ 545,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 540,00 a saca e recuo de 1,82%. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG) com baixa de 1,92% e saca cotada a R$ 510,00.

A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Guaxupé (MG), por lá a saca estava cotada a R$ 490,00 na sexta passada, mas teve valorização de R$ 30,00 (6,12%), e agora está em R$ 520,00.

Na quinta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 509,09 com avanço de 0,98%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram a fechar em alta nesta sexta-feira. Os operadores seguem repercutindo as chances de desequilíbrio no mercado diante da forte seca nas plantações de robusta do Espírito Santo.

O contrato março/16 registrou US$ 1455,00 por tonelada e alta de US$ 27, o maio/16 teve US$ 1478,00 por tonelada e avanço de US$ 19, enquanto o julho/16 anotou US$ 1507,00 por tonelada e valorização de US$ 20.

Na quinta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 361,42 com avanço de 1,06%.

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