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Imprensa
Crédito bancário cai 0,6% em janeiro, para R$ 3,19 trilhões, diz BC

As operações de crédito feitas por bancos no Brasil somaram em janeiro R$ 3,19 trilhões, queda de 0,6% em relação a dezembro, informou o Banco Central nesta quarta-feira (25). O BC mostra que se mantém o movimento de desaceleração na demanda por crédito no país, que já dura cinco anos. Isso quer dizer que os empréstimos ainda crescem, mas em ritmo cada vez menor.

Isso pode ser observado quando se compara o aumento no volume de crédito nos últimos 12 meses até janeiro (6,2%)  com o índice registrado entre janeiro e dezembro do ano passado (+6,6%).

"A gente observa que o crédito neste inicio de ano mostrou uma retração moderada, que é relativamente comum para os meses de janeiro. Há uma sazonalidade característica neste inicio de ano. Atinge principalmente o crédito das empresas. A sazonalidade advem daí, mas também o crédito das pessoas físicas é um pouco mais fraco", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Segundo ele, outros fatores também contribuíram para o recuo do crédito bancário em janeiro deste ano: o fraco ritmo de atividade da economia e a alta das taxas de juros. "A retração da atividade que vem sido observada desde o ano passado também deve ser observada na evolução do crédito. Os juros também influenciam, com elevação do custo do crédito", acrescentou Maciel, do BC.

Pacote de estímulo ao crédito
Diante do cenário de retração do crédito bancário, o governo federal anunciou, no fim do mês passado, a abertura de linhas de crédito no valor de R$ 83 bilhões para estimular a economia brasileira. Isso é uma consequência do pagamento das chamadas "pedaladas fiscais" no fim de 2015, com o repasse de recursos que eram devidos pela União aos bancos públicos.

As linhas de crédito anunciadas foram as seguintes: R$ 10 bilhões para pré-custeio da safra agrícola 2016/2017 via Banco do Brasil; R$ 10 bilhões em recursos do FGTS para instituições financeiras contratarem novas operações de crédito imobiliário; R$ 22 bilhões em recursos do FI-FGTS (fundo de investimento do FGTS) em crédito para operações de infraestrutura; R$ 5 bilhões do BNDES para capital de giro de micro e pequenas empresas; R$ 4 bilhões em linhas de pré-embarque para exportações via BNDES; R$ 15 bilhões do BNDES para refinanciamento das operações que estão vencendo do PSI e do Finame com taxas de mercado, sem subsídio; e R$ 17 bilhões (estimativa do governo) em recursos do FGTS para consignado ao setor privado com garantia da multa por demissão e 10% do saldo dos depósitos existentes.

Crédito livre X direcionado em janeiro
De acordo com números do Banco Central, a carteira de crédito com recursos livres (sem contar habitacional, rural e do BNDES) teve retração de 1,2% em janeiro, para R$ 1,61 trilhão.

"O segmento de pessoas jurídicas declinou 2,3% no mês, para R$ 813 bilhões, destacando-se os recuos em capital de giro e outros créditos. Em sentido inverso, as principais elevações ocorreram nos saldos de repasses externos e de adiantamentos sobre contratos de câmbio. O segmento de pessoas físicas recuou 0,1% no mês, para R$ 804 bilhões, com contração de 3,8% no saldo de cartão de crédito à vista", informou o BC.

O crédito direcionado (rural, habitacional e do BNDES) registrou estabilidade em janeiro e fechou o mês passado em R$ 1,58 trilhão.

"O saldos referente a pessoas físicas aumentou 0,5%, para R$ 710 bilhões, repercutindo o crescimento de 0,4% no financiamento imobiliário. A carteira de pessoas jurídicas declinou 0,3%, para R$ 873 bilhões, destacando-se a redução de 1,2% no crédito rural", acrescentou a autoridade monetária

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