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Imprensa
Inflação da construção civil desacelera 0,12% em dezembro

 

A inflação da construção civil medida pelo Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCCM) desacelerou para 0,12% em dezembro, de 0,40% em novembro, e acumulou alta de 7,22% em 2015, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano passado, o indicador teve alta de 6,74%.


Em dezembro, a desaceleração foi puxada pelos materiais, equipamentos e serviços, cuja taxa cedeu de 0,86% para 0,23%. O custo da mão de obra, que tinha ficado estável em novembro, teve pequena alta de 0,02% neste mês.


No ano, materiais, equipamentos e serviços subiram 6,66% e a mão de obra ficou 7,72% mais cara.


A inflação da construção caiu em dezembro em cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV: Salvador (0,26% para zero), Belo Horizonte (0,38% para 0,13%), Rio de Janeiro (0,48% para 0,23%), Porto Alegre (0,43% para 0,20%) e São Paulo (0,55% para 0,11%). Em contrapartida, Brasília (0,08% para 0,13%) e Recife (zero para 0,02%) registraram aceleração.


Confiança


Em queda durante todo o ano, a confiança dos empresários do setor também se reduziu este mês, de acordo com sondagem da FGV. O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,7 ponto, para 68,9 pontos, ante novembro.


Em relação a dezembro de 2014, a queda acumulada ficou em 19,1 pontos.


“Houve uma pequena melhora na percepção corrente dos negócios. No entanto, o mercado imobiliário continua com excesso de estoques; o ajuste fiscal e a queda na arrecadação têm penalizado a infraestrutura; e os planos de investimentos das empresas vêm sendo sistematicamente adiados. Assim, as expectativas das empresas voltaram a piorar neste final de ano, atingindo a confiança. Os empresários chegam ao final do ano bastante pessimistas em relação à possibilidade de reversão da crise setorial no curto prazo” observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.


A piora da confiança em dezembro foi motivada pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses: o Índice de Expectativas recuou 2,6 pontos, alcançando 70,3 pontos, o nível mais baixo da série, iniciada em julho de 2010. Já o Índice da Situação Atual cresceu pelo segundo mês consecutivo, para 68,0 pontos.


O indicador que mede o otimismo em relação à tendência dos negócios para os próximos seis meses exerceu a maior contribuição para a queda das expectativas, com recuo de 4,0 pontos entre novembro e dezembro, para 70,3 pontos.


A maior contribuição para a alta do ISA em dezembro foi dada pelo indicador que capta informações sobre a carteira de contratos no momento, que subiu 2,9 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 68,6 pontos. Este indicador, no entanto, permanece muito abaixo da média histórica e do patamar observado há um ano. Para que este indicador sinalize uma efetiva recuperação da atividade, os contratos ainda terão que se elevar mais significativamente.


Falta de demanda


Os fatores apontados pelas empresas como limitativos à expansão dos negócios retratam bem o quadro do setor da Construção ao longo de 2015.


Em dezembro de 2015, o principal fator limitativo foi a Insuficiência de Demanda, apontado por 49,0% das empresas. Em dezembro de 2013, somente 24,9% dos empresários se preocupavam com esta questão. Em contrapartida, a Escassez de Mão de Obra Qualificada, que em 2013 era assinalada por 34,5% das empresas, foi lembrada por somente 9,7% das empresas. Acesso ao Crédito Bancário foi um fator que apresentou forte crescimento, ao passar de de 9,4%, em 2013, para 23,7% em 2015. Por fim, vale notar o crescimento das limitações associadas ao cenário macroeconômico, incluídas em Outros.


(Valor)



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