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Imprensa
Dilma pede a novos ministros que aliem ajuste a crescimento econômico


Pressionada pela maior recessão desde o período Collor e ameaçada por um processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff deu posse nesta segunda-feira (21) à sua nova equipe econômica com a orientação de fazer o "que for preciso" para retomar o crescimento.


Em um discurso de 12 minutos na cerimônia de posse dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento), a presidente repetiu pelo menos cinco vezes que ajuste fiscal e retomada do crescimento "podem e devem vir juntos".


"Três orientações imediatas eu levo aos ministros da área econômica: trabalhar com metas realistas e factíveis para construir credibilidade; atuar para estabilizar e reduzir consistentemente a dívida pública; e fazer o que for preciso para retomar o crescimento sem guinadas e sem mudanças bruscas, atuando neste ambiente de estabilidade, previsibilidade e flexibilidade."


Segundo Dilma, os novos ministros precisam "contagiar a sociedade brasileira com a crença de que o equilíbrio fiscal e crescimento econômico podem e devem vir juntos".


Em sua despedida, Joaquim Levy agradeceu à sua equipe que, segundo ele, ajudou no trabalho de "reconstrução do Ministério da Fazenda". "A política econômica tinha de mudar de rumo. E assim foi feito", afirmou o ex-ministro. Dilma buscou ainda responder às críticas do mercado financeiro, que recebeu mal a indicação de Barbosa.


Segundo ela, os objetivos de curto prazo são "restabelecer o equilíbrio fiscal, reduzir a inflação, eliminar a incerteza e retomar com urgência o crescimento".


Participaram da posse do novo ministro Lázaro Brandão (Bradesco), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Roberto Setúbal (Itaú), Pérsio Arida (BTG Pactual), Murilo Portugal (Febraban), Luiz Moan (Anfavea), entre outros.


SINALIZAÇÃO


Dentro do Palácio do Planalto, a equipe presidencial aponta como essencial, para vencer a batalha contra o impeachment, sinalizar que o país sairá da recessão.


"Ajuste por ajuste não mais. Ajuste para retomar o crescimento. O Brasil não precisa no momento de mais mercado, mas de mais Estado. Não haverá retomada se ficar só nessa história do ajuste", disse o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PTCE).


Líderes da base governista no Congresso divulgaram nota de apoio ao novo ministro.


A presidente também defendeu a ampliação do diálogo com o Congresso para que propostas do ajuste fiscal pendentes sejam analisadas no próximo ano, como a recriação da CPMF e a DRU (mecanismo que dá mais liberdade no manejo do Orçamento).


Barbosa, na cerimônia de transmissão de cargo, prometeu agir para estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público.


Disse ainda que o controle da inflação é indispensável e que a Fazenda pode ajudar o BC nesse trabalho.


"O reequilíbrio fiscal contribui para o controle da demanda e para a redução da volatilidade da taxa de câmbio", afirmou Barbosa.



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