Área exclusiva de acesso do associado ANEPS. Para acessar a área restrita da CERTIFICAÇÃO, CLIQUE AQUI

Imprensa
Febraban não vê impacto sistêmico de crise no BTG


O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou ontem que não vê nenhum impacto sistêmico da situação envolvendo o BTG Pactual, que teve seu então controlador, André Esteves, preso há cerca de duas semanas. "Não vemos nenhum impacto sistêmico dessa situação", disse o executivo após almoço de fim de ano da Febraban.


"O BTG agiu bastante rápido em termos de governança e de liquidez", disse.


"Temos muita confiança de que vão superar esse momento de dificuldade", afirmou, lembrando que os demais bancos têm apoiado o BTG nesse processo, comprando carteiras de crédito, por exemplo.


O Bradesco, que foi uma das instituições a comprar operações de crédito do BTG, disse que não deve realizar novas compras. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que não está olhando novas aquisições de empréstimos do BTG, mas confirmou a compra de cerca de R$ 1 bilhão em operações na semana passada, conforme informado pelo Valor.


"É uma coisa normal, recorrente, a compra de carteira", disse no evento da Febraban. Trabuco também voltou a negar que o banco tenha interesse em outros ativos do BTG e afirmou que o foco do Bradesco está na aquisição da unidade brasileira do HSBC.


Questionado sobre o imbróglio da Sete Brasil, empresa de sonda do présal que tem o BTG como principal acionista e o Bradesco e outros bancos como credores, disse que os acordos de "standstill", que suspendem o vencimento de operações, ainda estão em vigor e que falta uma decisão da Petrobras a respeito das sondas da companhia.


Embora não tenha citado especificamente o episódio, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou durante o evento que a rapidez na avaliação de impactos potenciais gerados por episódios de estresse pontual no sistema financeiro é fundamental para evitar que as consequências desses eventos se espalhem pelo sistema como um todo.


"Somos capazes de avaliar rapidamente os impactos potenciais de choques que atinjam o sistema financeiro sejam eles de natureza econômica ou não econômica, de origem externa ou doméstica", disse. "A rapidez na avaliação dos impactos potenciais é fundamental para que tomemos decisões a tempo de evitar que estresses localizados se propaguem pelo Sistema Financeiro Nacional."


O presidente do BC reafirmou que o sistema financeiro brasileiro está bem capitalizado, líquido, com inadimplência controlada e níveis de provisão adequados. "A solidez do nosso sistema será um fator crucial para a recuperação de níveis sustentáveis de crescimento à frente", ponderando que há em curso um processo de desalavancagem das firmas e das famílias. "É muito importante, portanto, que as instituições financeiras estejam sólidas e preparadas para poderem atender ao crescimento da demanda por crédito quando esse cenário se concretizar", disse.


O dirigente da Febraban fez uma avaliação semelhante sobre a solidez do sistema financeiro brasileiro e acredita que uma eventual piora da inadimplência no ano que vem será "administrável". "É provável que vá piorar a inadimplência no ano que vem, mas acredito que é uma situação administrável", afirmou.


Portugal acrescentou que há um problema de demanda por crédito no país, o que provocou uma desaceleração mais intensa do saldo de financiamentos em 2015. "É normal que haja uma desaceleração do crescimento do crédito", disse.



RECEBA NOSSAS NOVIDADES

Este site usa cookies para fornecer a melhor experiência de navegação para você. Para saber mais, basta visitar nossa Política de Privacidade.
Aceitar cookies Rejeitar cookies