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Imprensa
Dólar interrompe sequência de queda e vai a R$ 3,76


Após certa euforia verificada na semana passada, na esteira da decisão de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a aversão a risco voltou a predominar nos mercados diante das incertezas no cenário político e preocupação com os desdobramentos da crise do BTG Pactual.


O dólar subiu 0,55%, encerrando a R$ 3,7586, após ter acumulado queda de 3,79% em quatro pregões consecutivos.


O movimento no mercado doméstico acompanhou a alta da moeda americana frente às principais divisas emergentes, conforme investidores consolidam apostas para o início da alta de juros nos EUA na próxima semana. A queda do preço do petróleo no mercado internacional também contribuiu para o movimento de maior aversão a ativos de risco e derrubou as divisas atreladas à commodity.


No mercado de juros da BM&F, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021, mais sensível ao cenário de aversão a risco, subiu de 15,68% para 15,77%.


O noticiário em torno do processo de impeachment segue concentrando as atenções. Desde a semana passada, prevalece entre agentes do mercado financeiro a ideia de que o processo de impeachment tira o país da paralisia política a que estava preso e pode ajudar na retomada do crescimento econômico. Contudo, o processo não deve ser rápido e será permeado de muitas incertezas, que podem atrapalhar a aprovação das medidas de ajuste fiscal, essencial para evitar um novo rebaixamento do rating soberano do país.


"Pode haver um rebaixamento de rating no fim do ano quando se consolidar as contas públicas", afirma Paulo Petrassi, sóciogestor da Leme Investimentos.


Os governistas têm buscado acelerar o ritmo da análise do impeachment na Câmara dos Deputados, considerando que uma tramitação mais cedo seria favorável à presidente. Uma das ideias é conseguir quórum de parlamentares para abertura de sessões extraordinárias no Congresso Nacional de segunda a sexta-feira, o que permitiria acelerar o ritmo do processo de impeachment.


Outro fator que tem preocupado os investidores é a crise no banco BTG Pactual. Investidores temem que as investigações envolvendo o sócio e ex-controlador do banco, André Esteves, possam se estender para a instituição financeira.


Por enquanto, o Banco Central segue renovando o lote de US$ 10,694 bilhões em contratos de swap cambial que venceria em janeiro de 2016 e rola hoje mais 11.260 contratos. A autoridade monetária ainda oferta hoje mais US$ 500 milhões por meio de linha de dólar com compromisso de recompra.


No mercado futuro de juros, a curva a termo já embute a chance de o BC aumentar a taxa Selic em 2,32 pontos percentuais em 2016.


Ontem, o DI para janeiro de 2017, que reflete a aposta para a política monetária no ano que vem, caiu de 15,77% para 15,73%.


Apesar disso, o Boletim Focus divulgado ontem mostra que a mediana das projeções dos analistas ainda aponta para estabilidade da Selic em 2016, em 14,25%. Já a mediana das projeções para o IPCA para 2016 subiu de 6,64% para 6,70%, enquanto a mediana das projeções para o PIB piorou e passou de retração de 2,04% para um recuo de 2,31%.



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