O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou 1,3% entre outubro e novembro de 2015, ao passar de 75,7 para 76,7 pontos no período. Foi a primeira elevação do índice após seis meses em queda. Para Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor, que é usada para cálculo do ICC, essa alta não representa o começo de retomada na confiança no consumo.

A trajetória no indicador de média móvel trimestral, usado para mensurar tendências futuras, é negativa, com recuo de 1,6% no trimestre encerrado em novembro. Segundo a economista, isso reforça a previsão de que as vendas de Natal em 2015 serão mais fracas na comparação com anos anteriores.

Em novembro, houve relativa estabilidade nas avaliações sobre a situação presente e melhora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual (ISA) variou 0,2%, passando de 65,7 para 65,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,1%, de 81,1 para 82,8 pontos.

A maior contribuição ao aumento da confiança do consumidor no mês foi dada pelo indicador que mede as expectativas com relação à economia nos seis meses seguintes. O indicador que mede o grau de otimismo com a economia subiu 5,2%, de 70,5 para 74,2 pontos, o melhor resultado desde agosto deste ano (74,7). A parcela de consumidores projetando melhora avançou de 14% para 14,1%; a dos que preveem piora recuou de 43,5% para 39,9%.