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Imprensa
IPCA-15 vai a 0,85% em novembro e é o maior para o mês desde 2010


A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo15 (IPCA15) acelerou entre outubro e novembro, de 0,66% para 0,85%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o índice mais elevado para novembro desde 2010, quando subiu 0,86%. No penúltimo mês de 2014, o IPCA15 tinha subido 0,38%.


O indicador é uma prévia do IPCA, indicador que baliza o sistema de metas de inflação. O que muda entre os dois índices é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.


O IPCA15 de novembro ficou acima da estimativa média apurada pelo Valor Data junto a 19 consultorias e instituições financeiras, de 0,84%, mas dentro do intervalo das projeções, entre 0,64% e 1,06% de alta.


Nos 12 meses encerrados em novembro, o índice subiu 10,28%, ultrapassando a barreira dos 10%. Essa taxa acumulada ficou não somente acima dos 12 meses imediatamente anteriores (9,77%) como foi a mais alta desde novembro de 2003 (12,69%). Assim, a prévia do índice oficial voltou a mostrar inflação acumulada bem acima do teto do intervalo da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 6,5%.


No ano, o IPCA15 aumentou 9,42%, o mais elevado porcentual acumulado de janeiro a novembro desde 2003, quando a alta foi de 9,36%. Em 2014, o acumulado no mesmo período estava positiva em 5,63%.


Conforme o IBGE, em novembro, a alta de 5,89%, que produziu impacto de 0,30 ponto percentual, fez do item combustíveis o principal destaque individual no mês. Responsáveis por 35% do IPCA15, os combustíveis, com o expressivo peso de 5,01%, elevaram o grupo Transportes ao maior resultado no mês, de 1,45%. Em outubro, o incremento tinha sido de 0,80%.


"O consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina, que exerceu impacto de 0,18 ponto no índice, enquanto o etanol, que ficou 12,53% mais caro, exerceu 0,11 ponto. O aumento da gasolina nas bombas, que acumula 6,48% nos meses de outubro e novembro, foi consequência dos 6,00% praticados ao nível das refinarias, reajuste em vigor desde o dia 30 de setembro. No grupo sobressaíram, ainda, as tarifas dos ônibus urbanos, com 0,76%", destacou o instituto.


Entre as nove classes de despesas usadas para cálculo do indicador, outras quatro também aceleraram no penúltimo mês de 2015, em comparação com outubro. Foi o caso de Alimentação e bebidas (0,62% para 1,05%), Vestuário (0,58% para 0,72%), Saúde e cuidados pessoais (0,55% para 0,66%) e Comunicação (0,08% para 1,04%).


No caso de Alimentação e bebidas, o avanço mais marcado foi reflexo de aumentos expressivos nos preços de itens importantes na cesta básica do brasileiro. Como exemplos, o IBGE citou as altas de preço no tomate (15,23%), no açúcar cristal (9,61%), no açúcar refinado (7,94%), no arroz (4,10%), no frango inteiro (3,96%), na cerveja (3,35%), no óleo de soja (2,84%), nas frutas (2,14%), na carne (1,71%) e no pão francês (1,03%).


Houve ainda elevação de 1,35% nos alimentos consumidos em casa, aumento bem mais intenso do que a alimentação fora, cuja taxa de variação de preços ficou positiva em 0,52% em novembro.


Com abrandamento no ritmo de alta, apareceram Habitação (1,15% para 0,74%), Artigos de residência (0,12% para 0,07%), Despesas pessoais (0,56% para 0,37%) e Educação (0,17% para 0,03%).



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