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Imprensa
Analistas estimam corte de 153 mil vagas em outubro


O desempenho em outubro de dois dos principais indicadores do mercado de trabalho devem seguir mostrando um segundo semestre pior que o primeiro.


Em um período em que o desemprego geralmente cai, o indicador da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), segundo média de 18 estimativas de consultorias e instituições financeiras colhidas pelo Valor Data, repetirá o resultado de setembro, 7,6% contra 4,7% no mesmo período de 2014. O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), por sua vez, deve ser negativo em 153 mil, conforme a média de 11 projeções.


As estimativas para a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que será divulgada hoje, variam de desocupação de 7,4% a 8% da população economicamente ativa (PEA). As previsões para o registro do Ministério do Trabalho e Emprego (PME), ainda sem data de apresentação definida, vão de 90 mil a 195 mil.


Para o economista Thiago Curado, da 4E Consultoria, o comportamento dos indicadores no segundo semestre dá o tom de como se comportará o mercado de trabalho em 2016. A cada mês, os sindicatos estão tendo dificuldade maior para negociar reajustes que recomponham pelo menos a inflação.


"No segundo semestre estamos vendo número maior de reajustes 'zero' ou com perda real."


No primeiro semestre, a renda real da PME encolheu 2,1% em média, em relação a igual período de 2014, perda que se aprofundou para 3,4% de julho a setembro. O mercado de trabalho, que responde de forma defasada aos ciclos econômicos, tem feito seu "ajuste" de forma lenta, diz o economista.


Apesar da retração significativa dos rendimentos, a taxa de atividade que capta a oscilação da procura por emprego se mantém estável em 55,8% da população em idade ativa, nível semelhante à média registrada entre janeiro e setembro de 2014. "A crise ainda deve se agravar", avalia Curado.


A estabilidade do desemprego entre agosto e setembro, em 7,6%, está longe de sinalizar o fim do ciclo de deterioração, afirma a Rosenberg Associados, já que a taxa costuma cair após o meio do ano. Dessa forma, a estimativa da consultoria para outubro, mais uma vez de 7,6%, representa alta de 0,1 ponto em termos dessazonalizados em relação ao mês anterior.


O Caged vem contornando há meses a sazonalidade e registrando saldos negativos consecutivos desde abril o de outubro seria o sétimo seguido e o nono do ano. Diante da piora sistemática, que tem contrariado as estimativas, algumas projeções para o fechamento líquido de vagas no ano já estão em 1,5 milhão estavam em torno de 600 mil cinco meses atrás. Nos 12 meses até setembro, o saldo está negativo em 1,2 milhão.

O desempenho pior do que o esperado em setembro foi apontado pela equipe do Itaú como principal causa para o décimo resultado negativo de seu "índice surpresa", que mede o quanto os indicadores macroeconômicos frustram as projeções do mercado. Em setembro, a economia formal fechou 95,6 mil vagas, quase o dobro do projetado pela instituição, 50 mil. Para outubro, a expectativa é de novo saldo negativo, de 195 mil que, se concretizado, seria o pior apurado desde janeiro.


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