O Banco Central (BC) computou 3.987 reclamações contra bancos e financeiras em outubro, com alta de 17,6% em relação às queixas de setembro.

Esse volume de reclamações considera apenas aquelas tidas como procedentes, que infringem normas do BC ou do Conselho Monetário Nacional (CMN). Colocando na conta reclamações reguladas que não ferem normas e as reclamações não reguladas que ferem, por exemplo, normas fora da alçada do BC, o total de queixas sobe a 21.068 no mês passado, também acima das 19.671 vistas em setembro. Uma reclamação pode infringir mais de duas normas ao mesmo tempo.

No ranking de reclamações de instituições com mais de 2 milhões de clientes, a Caixa Econômica Federal (CEF) permaneceu na liderança com índice de 11,09, resultado de 863 reclamações procedentes para 77,780 milhões de correntistas. O Bradesco se manteve na segunda posição, com índice de 9,19 (que reflete 705 reclamações para 76,695 milhões de clientes). O Itaú Unibanco seguiu na terceira colocação. O HSBC saiu da quinta para a quarta colocação e o Santander ficou em quinto.

Para construir o ranking, o BC divide os bancos entre aqueles com mais de dois milhões de clientes e os com menos de dois milhões. São considerados clientes aqueles com depósitos (contas correntes e poupanças) cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com operações de crédito e outros tipos de depósitos não cobertos pelo FGC. Para chegar ao índice que define a posição no ranking de reclamações, o BC computa o número de reclamações procedentes, divide pelo número de clientes da instituição financeira e multiplica por um milhão.

Entre os bancos e financeiras com menos de dois milhões de clientes, Agiplan lidera, com índice de 4.064, que capta 480 reclamações para 118.104 clientes.

Na sequência aparecem BNP Paribas, BMG, Daycoval e Bic.

No ranking geral de reclamações, as queixas envolvendo “irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartão de crédito” lideraram, com 552 ocorrências. A Caixa apresenta 355 ocorrências desse tipo. Em segundo lugar está a “ausência de título adequado relativo a cartão de crédito consignado”, com 526 indicações, sendo 389 da Agiplan. Na sequência aparecem as restrições à realização e portabilidade de operações de crédito consignado, com 410 queixas, com o BNP concentrando 284 ocorrências.