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Imprensa
Itaú prevê inadimplência diante de desemprego e economia lenta


O Itaú Unibanco ainda prevê aumento da inadimplência, principalmente da pessoa física em linhas como crédito rotativo e cheque especial, diante do cenário de desemprego e lentidão da economia, afirmou Marcelo Kopel, diretor de relações com investidores do banco.


“Essas são linhas mais expostas ao ciclo da economia”, disse em teleconferência sobre o resultado do terceiro trimestre. “Em empresas, ainda se pode esperar algum caso pontual nas grandes. Nas pequenas e médias estamos com performance bastante adequada e deve ter alguma piora.”


O executivo também estimou que a demanda por crédito pode melhorar na segunda metade do ano que vem, dependendo da retomada da confiaça. Por ora, o Itaú continua vendo demanda nas linhas de consignado e imobiliário.


No terceiro trimestre, a inadimplência acima de 90 dias manteve-se em 3,3%, a mesma taxa vista no segundo trimestre. Decomposto por tipo de tomador, a taxa de empréstimos há mais de 90 dias sem pagamento cresceu entre pessoas físicas, mas caiu entre as jurídicas, levando à estabilidade do índice agregado. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve aumento de 0,1 ponto percentual. O efeito do câmbio, que elevou o saldo da carteira de crédito, contribuiu para a estabilidade do indicador de inadimplência, segundo Kopel.


Nos três meses até setembro, o indicador de calotes de pessoas físicas aumentou 0,5 ponto percentual, para 5,1%, em comparação com os 4,6% do segundo trimestre. Por outro lado, o índice de calotes de empresas recuou 0,2 ponto, a 2%.


O desempenho desse indicador também tem influência do câmbio, uma vez que a desvalorização do real infla o crescimento da carteira de crédito como um todo. “Desconsiderando o efeito da variação cambial no trimestre, teríamos um aumento de 0,1 ponto percentual no índice de inadimplência acima de 90 dias da carteira total e, para pessoas jurídicas, uma redução de 0,1 ponto percentual”, escreve o banco no material de divulgação de resultados.


A inadimplência entre 15 a 90 dias se manteve em 3% no trimestre como um todo, estável em relação aos três meses antecedentes. Nas pessoas físicas, o indicador teve uma leve queda, de 4,2% para 4,1%, e nas pessoas jurídicas saiu de 1,9% para 2%.


O índice de cobertura da carteira com atraso acima de 90 dias — que mede a relação entre o saldo de provisões e a carteira de crédito do banco — alcançou 214% no fim de setembro, com aumento de 27 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e aumento de 33 pontos percentuais perante setembro de 2014.


Esse salto deve-se, principalmente, à constituição de R$ 4,65 bilhões em provisões complementares no trimestre, além daquilo que o Banco Central (BC) exige. Boa parte dos recursos para essas reservas veio do efeito contábil positivo que o aumento da alíquota da CSLL teve sobre o estoque de créditos tributários do banco.



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