Área exclusiva de acesso do associado ANEPS. Para acessar a área restrita da CERTIFICAÇÃO, CLIQUE AQUI

Imprensa
Déficit primário do governo central no ano é o pior

.

BRASÍLIA ­ (Atualizada às 10h15) Diante da forte frustração de receitas provocada pela desaceleração da economia e dificuldade de reduzir despesas, o governo central registrou déficit primário de R$ 6,932 bilhões em setembro. O governo central reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC).


Com isso, no acumulado do ano, o déficit chegou a R$ 20,938 bilhões, o equivalente a 0,49% negativo do PIB. Em valores nominais, o resultado acumulado é o pior para o período desde 1997, início da série histórica. Em 12 meses, a situação também não é nada fácil. O resultado negativo, corrigido pelo IPCA, somou R$ 22,3 bilhões
(­0,39% do PIB).


O desempenho só confirmou a necessidade de alterar a meta de resultado primário para este ano para prever um déficit primário. Em julho, o governo já havia feito um ajuste na meta e nesta semana fez uma nova correção. A meta do setor público consolidado saiu de superávit primário de R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB) para um déficit primário de R$ 48,9bilhões (0,8% do PIB).


Considerando apenas o governo central, a meta passou de superávit de R$ 5,8 bilhões (0,10% do PIB) para um déficit de R$ 51,8 bilhões (­0,90% do PIB). Para os governos estaduais, a meta foi mantida em R$ 2,9bilhões (0,05% do PIB).


Segundo os números do Tesouro Nacional, divulgados nesta quinta­feira, o desempenho de setembro é reflexo de um superávit do Tesouro Nacional de R$ 2,807 bilhões e déficits de R$ 9,690 bilhões da Previdência Social e de R$ 49,6milhões do Banco Central (BC). Investimentos Diante de um período de restrição fiscal, os investimentos do governo federal apresentaram queda 37,9% em setembro, ante um ano antes, ficando em R$ 5,411 bilhões. O montante inclui os dispêndios com programas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida.


No PAC, os desembolsos foram de R$ 3,198 bilhões no nono mês deste ano ­ resultado 34,8% inferior ao que foi apurado em setembro de 2014. No caso do Minha Casa, Minha Vida, os pagamentos somaram R$ 720,3 milhões, uma redução de 18,7%.
No acumulado do ano, os investimentos registraram queda de 32,9%, para R$ 41,868 bilhões. Os desembolsos do PACcederam 36%, totalizando R$ 30,215 bilhões, e os do Minha Casa Minha Vida recuaram 21,5%, ficando em R$ 10,816bilhões.


Seguro­-desemprego e abono Os gastos com abono salarial e seguro­-desemprego somaram R$ 4,294 bilhões em setembro, queda de 34,6% em relação ao mesmo período do ano antecedente. A comparação, no entanto, não leva em conta que o governo mudou o calendário de pagamentos do abono salarial em 2015.


De janeiro a setembro, esses gastos equivaleram a R$ 34,991 bilhões, redução de 11,5% na comparação com um ano antes.


Mesmo com as medidas aprovadas para restringir o acesso ao seguro­-desemprego e abono salarial, a previsão mais recente da equipe econômica é que essa despesa some no fim deste ano R$ 48,522 bilhões. Em 2014, tais dispêndios foram de R$ 54,381 bilhões.


Receitas Influenciada pela baixa atividade da economia, a receita líquida total do governo central encolheu 4,6% em termos reais de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período de 2014 e somou R$ 785,644 bilhões. Já a despesa total caiu 4% real no mesmo período, atingindo R$ 806,321 bilhões.


Considerando apenas o mês de setembro, a receita líquida total do governo central teve queda de 3,1% real ante mesmo mês de 2014, para R$ 82,496 bilhões, enquanto as despesas declinaram 16,8% em valores reais, correspondendo a R$ 89,428 bilhões. Tanto o valor da receita líquida quanto da despesa total estão corrigidos pelo IPCA.


RECEBA NOSSAS NOVIDADES

Este site usa cookies para fornecer a melhor experiência de navegação para você. Para saber mais, basta visitar nossa Política de Privacidade.
Aceitar cookies Rejeitar cookies