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Imprensa
BC vê inflação maior e reforça posição de vigilância

BRASÍLIA E SÃO PAULO ­ (Atualizada às 11h04) A política fiscal foi colocada pelo Banco Central (BC) como uma das variáveis mais importantes na definição de seus passos futuros na política de juros. Em ata divulgada nesta quinta­-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) diz que “indefinições” na trajetória de superávit primário bem como na sua “composição” influenciam as hipóteses de trabalho contempladas nas projeções de inflação.


“O comitê nota que indefinições e alterações significativas na trajetória de geração de superavit primários, bem como na sua composição, impactam as hipóteses de trabalho
contempladas nas projeções de inflação e contribuem para criar uma percepção negativa sobre o ambiente macroeconômico“, traz o texto.


O Copom indicou, porém, que a política fiscal não seria constrangimento para uma eventual ação. “O Comitê entende que, independentemente do contorno das demais políticas, a política monetária deve se manter vigilante, de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas e a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante”, afirma na ata.


Para que tenha tal convergência, o BCacredita ser necessário a manutenção do patamar da taxa básica de juros "por período suficientemente prolongado". As projeções de inflação no cenário de referência da instituição subiram tanto para 2015 como para 2016e estão acima do centro da meta. Essas estimativas levam em conta dólar a R$ 3,85 e manutenção da Selic em 14,25% ao ano no horizonte relevante. Também no cenário de mercado as projeções de inflação para os dois anos aumentaram e encontram­-se acima da meta de 4,5%.


“O Comitê ressalta que há incertezas associadas ao balanço de riscos, principalmente, quanto à velocidade do processo de recuperação dos resultados fiscais e à sua composição, e que o processo de realinhamento de preços relativos mostra-­se mais demorado e mais intenso que o previsto”, afirma no texto. “Nesse contexto, o Comitê entende que, independentemente do contorno das demais políticas, a política monetária deve se manter vigilante, de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas e a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante.”


O Copom descreve uma atividade econômica mais fraca e observa também que “o consumo privado se contrai”. Até setembro, notava que o consumo privado mostrava sinais de contração. Complementou que o ajuste na atividade “tem se mostrado mais intenso e pode ser mais longo que o antecipado” e reafirmou a possibilidade de um cenário de aumento da produtividade puxado pelo setor externo e pelo rebalanceamento da demanda interna entre o investimento e o consumo e na oferta entre a indústria e serviços.
“Entretanto, a velocidade de materialização dessas mudanças e dos ganhos delas decorrentes, depende, fundamentalmente, de uma trajetória de superavit primários que
fortaleça a percepção de sustentabilidade do balanço do setor público, além da redução de incertezas que cercam o ambiente doméstico”, afirma.


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