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Imprensa
Não cometi nenhum desvio de conduta, diz Dilma


Em meio à tentativa de impeachment articulada pela oposição, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que não cometeu nenhum desvio de conduta nem malfeito e disse que nunca usou o mandato em benefício próprio. Ao discursar para uma plateia de trabalhadores rurais, em São Bernardo do Campo (SP), Dilma afirmou que "nunca vão encontrar" nada contra ela.


Na véspera, a presidente já havia buscado o apoio de movimentos sociais, ao ir ao Congresso Nacional da CUT, na capital paulista. Ainda ontem, Dilma participou de entregas do Programa "Minha Casa, Minha Vida", em São Carlos, e em um evento do setor sucroalcooleiro, em Piracicaba.


Apenas no encontro com os trabalhadores rurais, seu último compromisso no estado de São Paulo, Dilma referiu-se diretamente ao impeachment."Eu me defendo com muita serenidade, até porque não cometi nenhum desvio de conduta. Jamais utilizei em meu proveito a atividade que eu exerci dignamente como presidente da República", afirmou, ao participar do I congresso nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores. "Tenho certeza de que tentaram, mas nunca vão encontrar nada contra mim. Jamais cometi um malfeito na minha vida política", afirmou, repetindo trechos do discurso feito no congresso da CUT.


A presidente Dilma reforçou aos trabalhadores rurais o discurso em defesa de seu mandato e contra o "golpe" da oposição. "Nesse momento setores da oposição tentam uma variante de golpe, um golpe disfarçado. É um golpe que tem tudo de golpe: cara de golpe, mão de golpe, mas que tenta se passar como sendo uma manifestação oposicionista. O que eles querem é um atalho para o poder", afirmou. "Querem um atalho para chegar mais rápido em 2018. Nós não vamos permitir que eles golpeiem o mandato que conquistamos nas urnas com 54 milhões de votos".


No mesmo palco de Dilma estavam lideranças de movimentos populares, como MST, Contag, Federação Única dos Petroleiros (FUP), Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Levante Popular da Juventude. Os ministros Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) acompanharam a presidente.


Horas antes, no evento com empresários do setor sucroenergético, Dilma adotou um discurso otimista para tratar do futuro da economia nacional e evitou comentários sobre a turbulência política que atinge seu governo.


Dilma garantiu que o país está preparado para enfrentar a crise econômica. "O Brasil é mais robusto e resiliente do que foi em qualquer um dos momentos anteriores. Para enfrentar a crise, não precisamos voltar para trás.


Se o câmbio se desvalorizou, é hora de apostarmos no aumento das nossas exportações", afirmou a presidente ao participar da inauguração de um laboratório de biotecnologia agrícola em Piracicaba.


Mais cedo, Dilma participou da entrega de 806 moradias do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, em São Carlos, também no interior paulista.


A presidente Dilma Rousseff disse que não vai desistir da terceira fase do programa. "Estamos passando por período de dificuldades, que faz com que a gente tenha que apertar um pouco o cinto, mas não vamos deixar de garantir o Minha Casa, Minha Vida 2 e 3".


No discurso em Piracicaba, Dilma procurou dar um tom de normalidade diante de um cenário político instável, com a ameaça no radar do Planalto de abertura de um processo de impeachment no Congresso Nacional. "Faremos essa travessia para um novo ciclo de crescimento, com controle da inflação, e formação de um grande mercado interno através da inclusão social", disse.


Além disso, a presidente reiterou o compromisso de apresentar na conferência do clima, que será realizada em Paris, em dezembro, as metas do governo brasileiro para reduzir em 43% as emissões de gases do efeito estufa.


"Uma das bases dessa redução está certamente na matriz de combustível. Vamos deixar claro que nossas metas são factíveis", acrescentou.


A presidente esteve em Piracicaba e São Carlos acompanhada do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), e dos ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Agricultura, Kátia Abreu, ambos do PMDB. O tucano evitou abordar o cenário político em sua fala.


O ato em São Carlos foi voltado para uma plateia de militantes, que gritavam "Minha Casa, Minha Dilma". Segundo Dilma, o Minha Casa, Minha Vida é o programa de seu governo que mais lhe dá orgulho, "porque muda a vida das pessoas", afirmou.



     


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