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Imprensa
Confiança do consumidor recua pelo 5º mês seguido

O aperto na renda das famílias e alta dos juros afetam diretamente as vendas do comércio, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de vendas do varejo diminuiu 0,4% em junho, depois de baixa de 0,8% um mês antes, marcando a quinta queda seguida nesse tipo de comparação e a maior sequência em toda série histórica iniciada em 2000. As 19 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data esperavam um recuo de 0,3%, em média, em junho.

No primeiro semestre, o setor apresentou declínio de 2,2% nas vendas, configurando o pior primeiro semestre desde 2003, quando houve perda de 5,7%, informou a gerente da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Isabela Nunes Pereira.

Para a pesquisadora, dois segmentos refletem a dificuldade econômica brasileira: as vendas nos supermercados, que acumulam perda de 1,2% no seis primeiros meses de 2015, e as vendas de veículos e motos, partes e peças, que registraram tombo de 13% no mesmo período.

"A evolução da taxa de juros encarece o crédito e o deixa mais restrito. Por outro lado, há o enfraquecimento do mercado de trabalho", analisa a pesquisadora do IBGE. "A queda de confiança do consumidor, que está nos níveis históricos mais baixos, inibe a compra de produtos que vão envolver parcelas maiores e grande fatia da renda", completou.

Entre abril e junho, perante um ano antes, o varejo encolheu 3,5%, marcando o pior trimestre do comércio em 15 anos. Considerando o confronto junto deste calendário com o sexto mês de 2014, o volume de vendas do varejo cedeu 2,7%. Em 12 meses, houve baixa de 0,8%.

O IBGE apontou ainda que a receita nominal do varejo subiu 0,8% em junho, ante o mês anterior. Na comparação com junho de 2014, houve expansão de 4,6%. No ano, a receita nominal teve elevação de 4,2% e, no acumulado de 12 meses, de 5,5%.

No varejo ampliado, que inclui veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas diminuiu 0,8% entre maio e junho, já descontados os efeitos sazonais. Foi a sétima queda consecutiva. Na comparação com junho de 2014, o recuo correspondeu a 3,5%. No ano, as vendas declinaram 6,4% e, em 12 meses, cederam 4,8%.

A receita nominal do varejo ampliado subiu 0,2% em junho, feitos os ajustes sazonais. Em relação a junho de 2014, a receita teve incremento de 3,1%. No primeiro semestre, a receita cedeu 0,4% e, em 12 meses, registrou decréscimo de 1%.

De maio para junho, sete das dez atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram volume de vendas menor, como Veículos e motos, partes e peças (2,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) ; Móveis e eletrodomésticos (1,2%) ; e Combustíveis e lubrificantes (0,6%).

"O segmento de maior importância na estrutura do comércio varejista, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%), permaneceu estável nessa comparação", destacou o organismo.

Considerando o confronto com junho de 2014, cinco das oito atividades verificaram redução nas vendas, como móveis e eletrodomésticos (13,6%) ; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%), e combustíveis e lubrificantes (1%).




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